terça-feira, 16 de janeiro de 2018

A história do Tomé, "O Cão do Laço" - Evolução do estado de saúde











Para quem não conhece a história sofrida do Tomé, podemos resumi-la.
O Tomé foi resgatado por nós há um ano atrás, depois de aparecer na zona da Guarda-Gare para se alimentar, com uma pata mutilada, por um laço ilegal de caça.
Era um cão semi-selvagem que vivia a monte no João Bravo.
Os funcionários de uma empresa de sucata local conseguiram encurralá-lo e cortaram o laço da pata. Depois de libertado do laço e com dores lancinantes o Tomé fugiu.
Normalmente, aparecia com outra cadela, a Belinha, que também foi capturada por nós e que já foi adoptada.
Tivemos que estudar as rotinas e o percurso dos 2 cães, para que o resgate fosse bem sucedido. Ao fim de 15 dias, o Tomé foi capturado e encaminhado para a Vetcoa Ana Lúcia, onde as melhorias foram notórias.
Sendo impossível de manipular, só era possível tratá-lo depois de tranquilizado.
Ao fim de um mês, veio para o nosso cuidado, onde começámos um sem fim de artimanhas para o sociabilizar e continuar a tratar a pata tão traumatizada.
Aos poucos, deixou-nos mimá-lo, abraça-lo e ao fim de uns meses começou a sair da box à trela e passear como os outros cães.
Mas tratar a pata não era possível, não o conseguíamos segurar, ficava mesmo transtornado.
Lentamente, o que restava da ferida foi cicatrizando, mas a zona abaixo do estrangulamento fez fibrose, a pata inchava com frequência e ele feria-se com o colar na ferida.
Perdemos a conta aos colares que forrámos com todo o tipo de material, de forma que não se magoasse. Mas o simples facto de ele se deitar no chão já deixava a ferida em sangue.
Decidiu-se fazer nova avaliação e o RX mostrou imagem de um tumor ósseo, que poderá ter origem naqueles tecidos que não cicatrizaram. Ainda fez um mês de tratamento, para infecção óssea, mas não houve qualquer regressão.
Por muito que nos custe e porque a situação está a piorar para o Tomé, teremos de amputar a pata.
Não será uma intervenção fácil, pelo grande porte do Tomé e também pelo risco do pós-operatório.
Não sendo fácil de manipular e de medicar, o esforço será muito grande, mas temos esperança que tudo vai correr pelo melhor, para o Tomé ter uma vida com qualidade.
Hoje o Tomé tem mais 20 Kg do que tinha quando foi resgatado. É sociável com outros cães e com as pessoas que conhece.
Obrigada a todos os que ajudaram e contribuíram, em especial:
Vetcoa Ana LúciaMyvetcare Covilhã - Clínica Veterinária - Dra Mónica Andrade; Animalvet Hospital VeterinárioPetsitting Guarda- Ana Lucas e às madrinhas Maria João Petisca, Dra. Ana Lucia Catarino e Vanda Pi.
Para contribuir, para a cirurgia do Tomé, pode fazê-lo por transferência bancária para A Casota:
IBAN: PT50003503600004042373017
SWIFT/BIC: CGDIPTPL
Passamos recibo se solicitado.

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