Compreendemos os vossos comentários, na nossa página do Facebook, sobre o Canil Municipal acerca do recente resgate da cadela Serra da Estrela Glória. Mas é preciso esclarecer alguns pontos:
A Gloria piorou nas ultimas semanas. Esteve nove meses dentro da boxe porque se recusava a sair de lá, nem mesmo com os funcionários e algum voluntário a insistir para que ela desse os seus passeios. Comia bem, mas infelizmente tinha uma carga parasitária interna grande e o stress a que estão sujeitos os animais num Canil Municipal leva a que um organismo mais debilitado sofra muito mais.
Temos a agradecer mais uma vez ao funcionário Cláudio por ter ajudado a socializar a Gloria, de lhe ter dado comida muitas vezes e de ter insistido para que ela bebesse água do bebedouro, hábito que não trazia quando deu entrada no Canil. Vimos muitas vezes que este funcionário, que tem funções administrativas, se dedica e sofre pelos animais que lá estão recolhidos, socializa-os como pode, dá-lhes de comer quando eles não comem, limpa as boxes quando é preciso, entre outras tarefas que vão muito além das suas funções.
Os Canis Municipais só dão aos animais um desparasitante interno específico para ténias, não abrangendo os parasitas internos mais comuns nos cães, tais como as vulgarmente conhecidas lombrigas, cujos danos podem ser muito nefastos para a saúde do animal e também para os humanos. Justificação: por ser um desparasitante que é de um custo muito baixo.
Infelizmente a lei está desajustada para a actual realidade dos canis municipais, onde só se cumpre o que está na legislação emanada pela Direcção Geral de Veterinária (DGAV).
No Canil Municipal da Guarda e desde que colaboramos com o mesmo, dentro das nossas possibilidades, muitas vidas têm sido poupadas, muitos animais permanecem durante meses, quase 1 ano a aguardar pela adopção, facto que se torna penoso e desgastante para a grande maioria dos animais, mas que lhes possibilita ter uma 2ª oportunidade.
Quem acompanha o nosso trabalho sabe que já resgatamos muitas cadelas nesta situação e todas elas com problemas de falta de pelo e de falta de peso.
Esperamos que Projecto na Quinta da Maunça, o denominado “Centro de Adopção”, prometido pelo actual Presidente da Câmara à Casota, saia do papel e veja a luz num futuro próximo.
Assim, será possível oferecer outras condições e tratar os animais que entram no Canil Municipal, dado que a DGAV não contempla estas situações e como tal não obriga os Canis Municipais e Centros de Recolha Oficiais a isso.
Mais informamos, que todas as questões e sugestões, relativamente ao mau funcionamento do canil serão novamente debatidas em reunião, com o futuro Presidente da Câmara Municipal da Guarda que será por vós escolhido.
Teresa Durán
Presidente da Direcção
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